Meu câmpus têm: Projeto Contando Histórias de Vidas
Ação dá voz a jovens estudantes da periferia em reportagens realizadas por alunos do Câmpus São Miguel
Mudar o olhar sobre os jovens estudantes da periferia é o objetivo do projeto de extensão “Contando histórias de vidas: reportagens de jovens em cursinhos populares”, do Câmpus São Miguel Paulista. Por meio da produção de material audiovisual, o projeto dá voz a alunos em situação de vulnerabilidade que enfrentam as adversidades do ambiente onde vivem em busca de um futuro com mais oportunidades por meio da educação.
O projeto já divulgou dois vídeos com depoimentos de jovens estudantes da periferia: “Adolescentes e seus desafios” e “Jovens, universidade e trabalho” (acesse aqui). Os depoimentos foram oferecidos por estudantes do câmpus e de outras instituições de ensino, os quais foram selecionados a partir um questionário em formato de formulário eletrônico enviado por WhatsApp a grupos de estudantes da região da Zona Leste e da divisa entre a cidade de Guarulhos e o bairro paulistano São Miguel Paulista.
No total, o grupo recebeu 30 respostas e identificou personagens que representassem jovens em situação de vulnerabilidade, em fase escolar, ou recém-formados, no contexto da pandemia. Os personagens foram convidados a gravar seus depoimentos em áudio e vídeo para a produção das reportagens.
O trabalho é realizado pelas bolsistas Nicoly Modesto Ferreira e Joyce Serafim, ambas do curso Técnico em Produção de Áudio e Vídeo integrado ao ensino médio, e 14 alunos voluntários: Aline Neves, Amanda Rodrigues, Ana Jéssica da Silva, Fabiana Sales, Gabriela Duarte, Hadassah Wengler, Karen Ferreira, Letícia Aparecida, Mayra Carvalho, Vithória Paiva (alunas do Técnico em Produção de Áudio e Vídeo), Kaliane Cardozo, Nicolly Alves e Sarah Fernandes (alunas do Técnico em Informática para Internet, também integrado ao ensino médio).
Além do aprendizado técnico proporcionado pelo trabalho, Daniela exalta a reflexão proposta na atividade. “É nítida a visão crítica dos entrevistados sobre a situação social em que vivem. Mesmo que os alunos entrevistadores vivam uma realidade parecida à dos personagens, há diferenças e cria-se uma empatia”, acrescentando que “tudo o que os jovens vivem se torna um motivador para que batalhem por um futuro diferente. Apresentar essas histórias permite que os jovens ganhem uma visibilidade positiva, diferente da visão negativa que quase sempre a mídia enfatiza”.
O diálogo entre jovens de idades próximas também é um diferencial, pois, segundo a docente, pode contribuir para a elaboração de um texto mais próximo à realidade à que se pretende dar visibilidade.
O projeto de extensão deve divulgar mais duas reportagens sobre os jovens vestibulandos da periferia até o final deste ano. A coordenadora Daniela torce pela continuidade da ação. “O projeto ainda tem muita história para contar e inovar. Esperamos que ele alcance mais estudantes do nosso câmpus e os aproximem mais do jornalismo e das pautas sociais envolvendo a questão dos jovens que vivem nas periferias”, planeja.
Acesse as reportagens produzidas pelo projeto aqui.
Siga o grupo no Instagram: @historiasdevida_ifsp .
Alunas e docente durante reunião online do projeto
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